Saturday, March 24, 2007
À volta da Moenga
Nos arredores da Confraria da Moenga, foram identificadas, nos últimos tempos, novas realidades arqueológicas, no contexto da abertura dos canais de rega do Alqueva e das condutas das Águas do Alentejo Central.
Destaca-se, pela relativa raridade, um conjunto de silos da Idade do Bronze - num local onde já era conhecida uma considerável ocupação romana - e um povoado calcolítico, com fossos, de um tipo que começa agora a ser identificado no Alentejo, mas de que não se tinha ainda confirmado nenhum caso, no concelho de Évora.
Silos de fundo cónico da Mesquita (Idade do Bronze)
Um dos silos parcialmente escavado
O fosso do povoado do Albardão, de perfil em V e cerca de 2,50 m de profundidade
Mais próximo da Confraria, identificámos agora um novo sítio romano, com grande abundância de materiais de superfície, onde são visíveis restos de muros, alguns com aparelho de tipo ciclópico.
Um dos muros com aparelho ciclópico
Outro muro com aparelho ciclópico
Materiais de superfície: tijolos de quadrante e opus signinum
Pia rectangular, no topo de um afloramento.
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1 comment:
A riqueza da região é, sem dúvida, assinalável, e talvez o velho Castelos do Monte Novo, ou "Cidade de Cuncos", ali ao lado, já fosse disso bom indício. Para compor ainda mais o ramalhete identificou-se, entre a ponte do Albardão e o Monte da Venda da Cabida uma nova necrópole da Idade do Bronze, esta com uma cista e três enterramentos (dois adultos de ambos os sexos e uma criança). Uma vez mais, uma possível ocupação romana, com escassos materiais, encobria os vestígios da Idade do Bronze que, aparentemente, constam igualmente de vestígios de habitat. Eles andem na aí ...
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