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Thursday, April 23, 2009

farizoas

Junto a um povoado "megalítico" clássico, com enormes afloramentos graníticos, o Dr. Duarte Abêbora registou um possível menir, aparentemente fora de contexto.
Quanto ao povoado, foi parcialmente afectado pela extracção de inertes para a obra da estrada Reguengos - S. Marcos do Campo...
E o Igespar, aplica aqui (ou não) a "lei das compensações"? Ou alguns são mais iguais que outros?







Thursday, May 22, 2008

megaliths and settlements



Neolithic settlement close to the Alqueva dam, in Monsaraz.



... and a new protomegalithic grave, in the same area

Saturday, May 10, 2008

Muita gente


Detalhe da paisagem megalítica primaveril em Reguengos


Povoado calcolítico da Contenda (inédito)


Materiais de superfície do povoado neolítico final do Pombal (inédito)


Mais um novo (velho) povoado calcolítico em Reguengos: Vale Carneiro.

Wednesday, March 28, 2007

Skara Brae





Neolithic settlement in the Orkneys (Scotland). The best preserved in Europe, with fantastic details like, for instance, the furniture inside the rooms.

Saturday, March 24, 2007

À volta da Moenga


Nos arredores da Confraria da Moenga, foram identificadas, nos últimos tempos, novas realidades arqueológicas, no contexto da abertura dos canais de rega do Alqueva e das condutas das Águas do Alentejo Central.

Destaca-se, pela relativa raridade, um conjunto de silos da Idade do Bronze - num local onde já era conhecida uma considerável ocupação romana - e um povoado calcolítico, com fossos, de um tipo que começa agora a ser identificado no Alentejo, mas de que não se tinha ainda confirmado nenhum caso, no concelho de Évora.


Silos de fundo cónico da Mesquita (Idade do Bronze)


Um dos silos parcialmente escavado


O fosso do povoado do Albardão, de perfil em V e cerca de 2,50 m de profundidade

Mais próximo da Confraria, identificámos agora um novo sítio romano, com grande abundância de materiais de superfície, onde são visíveis restos de muros, alguns com aparelho de tipo ciclópico.


Um dos muros com aparelho ciclópico


Outro muro com aparelho ciclópico


Materiais de superfície: tijolos de quadrante e opus signinum


Pia rectangular, no topo de um afloramento.

Monday, March 19, 2007

Prehistoric Evora



Aerial image of the neolithic/chalcolithic settlements of S. Caetano,
Alto de S. Bento and Quinta do Chantre. Évora on the right side of the image.
[link] [link]

Alto de S. Bento : [link] [link] [link] [link] [link] [link]

O móseu de S. Caetano






Numa revisão recente (Manuel Calado e Mário Cravalho) no povoado neolítico/calcolítico de S. Caetano, registámos um novo conjunto de dormentes de mós manuais de vaivém.
No topo do esporão onde se localizam os vestígios, observámos evidências de ligeiras sondagens mecânicas, cujo objectivo desconhecemos, com abundantes fragmentos cerâmicos, nas terras removidas.

Saturday, January 27, 2007

Salvem o Porro, porra!



A pedreira do Monte das Flores aproxima-se demasiado perigosamente do espectacular afloramento do Porro e o povoado já começou a ser "devorado".

Quanto a este último, mesmo que a pedreira se alargue até à actual vedação, resta sempre uma área considerável, nos terrenos em volta do Monte do Porro. Mesmo assim, os bons costumes mandam que, no mínimo, sejam efectuadas sondagens prévias, na área a afectar pela pedreira.

O princípio simples é: destruir, se for neceessário, mas proceder ao registo prévio daquilo que se destrói.


Quanto ao Porro propriamente dito, atendendo sobretudo à raridade das gravuras que ostenta, acho que deve ser salvo a qualquer preço: é um elemento fundamental no património arqueológico e paisagístico dos arredores de Évora.

Friday, January 26, 2007

Flower Porro





O sítio do Porro (tanto o povoado pré-histórico, como o rochedo com gravuras) estão em risco.
A enorme pedreira de granito (foto 1) do Monte das Flores já começou a dar dentadas na área do povoado (são visíveis, nos cortes, terras escuras, com materiais pré-históricos) (foto 2) e o próprio afloramento (que deu o nome à herdade) está já a ser ameaçado por escombreiras (a cerca de 30 m).
Junto ao afloramento, existem duas pias, de plantas quadrangulares, com dimensões e a distâncias semelhantes às do Alto de S. Bento
http://megasettlements.blogspot.com/2007/01/alto-de-s-bento-signs-and-traces-from.html

Tal como no Alto de S. Bento, a maior delas apresenta um sulco a ligá-la ao exterior (fotos 3 e 4)

Porro: natural outcrop, carvings and settlement






Hoje revisitei o curioso sítio do Porro, junto à pedreira do Monte das Flores, nos arredores de Évora (estrada para Valverde).

Tinha identificado o sítio, em 2003, no âmbito das prospecções que dirigi no concelho de Évora e cujos resultados integram o PDM de Évora.


Trata-se de um povoado do Neolítico final/Calcolítico, que ocupa um cabeço garanítico amplo e relativamente destacado na planície envolvente. Na área do povoado, existe um enorme afloramento granítico, de desenvolvimento vertical, no qual identifiquei um círculo e uma espiral (ou semicírculo, ou báculo...) gravados pela técnica do picotado.


A raridade das gravuras em afloramentos graníticos, na região, torna este geomonumento particularmente interessante.


O rochedo tinha já sido anotado pelo Francisco Bilou que me contou uma saborosa história acerca do mesmo.


Parece que, quando o caminho de ferro foi inaugurado, há mais de cem anos, a Rainha D. Amélia viajou na carruagem inaugural. Chegada à estação do Porro (o nome que ainda subsiste no Monte que ocupa a parte mais alta do cabeço e que, obviamente, derivou da sugestiva forma do rochedo), perguntou o nome do sítio e tendo sido informada, ter-se-á mostardo escandalizada com um nome tão obsceno e sugeriu que se passasse a chamar Monte das Flores (era Primavera e os campos estavam floridos). Nome que ficou até hoje.


Abstract


Curious Late Neolithic/EBA settlement, with a huge granitic outcrop carved with pecked motifs: circle and spiral. These kind of rock art is very rare in the region, on granit rocks.

Wednesday, January 24, 2007

Re-Creating the Past


Jumiaf: ditched settlement, close to the Guadiana river, in Central Alentejo.
Actually, it has been virtually reconstructed, gathering archaeological information from the excavations on the settlements of Juromenha, Mimosas and Aguas Frias.

Friday, January 12, 2007

Godel: um polidor de machados nos arredores de Évora





O povoado do Godel localiza-se num cabeço destacado, mais ou menos equidistante dos recintos megalíticos da Portela de Mogos e do Vale Maria do Meio, assim como das antas da Valeira. Há uns anos, no contexto dos trabalhos desenvolvidos no Vale Maria do Meio, foram recolhidos, à superfície, alguns escassos vestígios de ocupação, no Calcolítico (III milénio antes de Cristo), nomeadamente pesos de tear (crescentes) e bordos espessados.

Para além disso, no topo do cabeço, sobressai um grande afloramento de rocha anfibólica aproveitado para a implantação de um marco geodésico. Junto à base do marco, existe um polidor de machados formado por uma "cama" de polimento e três sulcos de secção em V, com espessuras diferentes e comprimentos na ordem dos 8-10 cm. Estes sulcos, apesar de mais curtos recordam, como se viu, aqueles que foram identificados no povoado do Alto de S. Bento.

Os polidores de machados deste tipo são raros em Portugal, embora se encontrem , com frequência, polidores móveis, em contextos de habitat Neolítico e Calcolítico; porém, noutras áreas europeias são relativamente frequentes.

http://www.megalithic.co.uk/search.php?author=&topic=&country=&query=&type=&category=&county=&sitetype=66


Note-se que os machados se tornaram um dos temas simbólicos mais recorrentes no Neolítico europeu; trata-se, naturalmente, de um utensílio fundamental para o próprio processo de neolitização, em que o abate de florestas foi uma das acções preliminares, indispensáveis à prática da agricultura e da pastorícia.

Por outro lado, são conhecidos, no contexto europeu, vários casos em que a própria produção de machados ocorreu, aparentemente, em contexto altamente simbólicos.

http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=axe+quarries+Le+Pinacle&meta=

http://links.jstor.org/sici?sici=0028-646X(199303)123%3A3%3C585%3APIDAWA%3E2.0.CO%3B2-P

Abstract:
In the site of Godel, near Évora, with Early Bronze Age artefacts on surface, we found a axe polisher made on a amphibolites outcrop.
This kind of feature is very rare in Portugal, though frequent in some other European areas. We can consider a possible ritual meaning, mostly considering the location as well as some parallels with other similar occurrences in European Neolithic.
We can also question the methodological division between ritual and everyday life places.
In a previous post there are images of something similar in another Neolithic settlement close to Évora: Alto de S. Bento.

Wednesday, January 10, 2007

Evoramonte: from the skyline to the centre of the world



Evoramonte is the most proeminent feature in the Central Alentejo skyline, as seen from the most important megalithic sites around Evora.

In the Bronze and Iron Ages, Evoramonte became the largest walled site of the Iberian Southwest (as much as we certify from published data).

Alto de S. Bento rock art?







Some of the features, referred in the previous post and recently observed in the Alto de S. Bento neolithic settlement.

Alto de S. Bento: antes das origens de Évora


O Alto de S. Bento é um cabeço granítico, adjacente à cidade de Évora, que funciona como um excelente miradouro sobre a cidade Património Mundial.
Conhecido como povoado pré-histórico desde, pelo menos, o séc. XIX (foi visitado por E. Cartaillac), o Alto de S. Bento foi recentemente objecto de novas prospecções que permitiram afinar melhor a cronologia dessa ocupação e levantar novas questões, extremamente interessantes, no contexto da neolitização do Alentejo Central.
De facto, além das evidências de ocupação no Calcolítico (genericamente, o III milénio antes de Cristo), o sítio foi ocupado numa época que, em princípio, corresponde à própria transição Mesolítico-Neolítico, isto é, a fase em que as últimas sociedades de caçadores-recolectores deram lugar às primeiras sociedades agrícolas e pastoris e que, no nosso território, ocorreu algures entre os finais do VI milénio antes de Cristo e os inícios do V.

A atestar esta fase mais arcaica, recolheu-se um conjunto de artefactos de sílex (lamelas e micrólitos geométricos) e raros fragmentos de cerâmica decorada, sugerindo algum paralelismo com o sítio, escavado no Verão de 2006, da Barroca 1, nos arredores de Mora, assim como com o sítio do Barrocalinho 17, nas proximidades de S. Pedro do Corval.

De uma forma geral, pode afirmar-se que, nesta fase, o Alto de S. Bento foi um dos povoados dos construtores de menires e recintos megalíticos (ou cromeleques).

Por outro lado, a superfície do batólito, junto aos moinhos onde, actualmente, funciona um Centro Interpretativo para a Geologia e a Flora regionais, apresenta alguns elementos cuja cronologia pré-histórica, embora discutível, parece bastante sugestiva. Trata-se, sobretudo de um conjunto de sulcos alongados, de secção em V, que se assemelham aos que acompanham, com frequência, os polidores de machados, como se pode observar, nos arredores de Évora, junto à base do marco geodésico, no cabeço do Godel, perto do cruzamento da Valeira. Trta-se igualmente de um local com vestígios de povoamento pré-histórico.
Este tipo de marcas, cuja funcionalidade é controversa, é recorrente, noutras áreas europeias, em associação com dolmens e menires e foi também observado em rochas das proximidades do sítio com gravuras rupestres dos Mocissos, no Alqueva.
No Alto de S. bento, os sulcos ocorrem associados a manchas de picotados, temática igualmente representada no complexo rupestre do Alqueva.

Para além daquele conjunto de traços, junto à entrada do moinho mais meridional do Alto de S. Bento, observa-se igualmente, no lado oposto do mesmo moinho, uma linha sinuosa, picotada, que pode, eventualmente, corresponder a gravuras rupestres, parcialmente ocultas pela estrutura molinária.

Junto ao outro moinho restaurado, em frente à porta, são também visíveis três covinhas, pouco profundas, mas que correspondem à métrica habitual neste tipo de gravuras; as covinhas são, como se sabe, um dos temas mais recorrentes, em termos planetários, da arte rupestre pré-histórica.

Por último, refiram-se as duas "pias" escavadas em frente ao primeiro moinho. Trata-se de estruturas negativas cilíndricas, de formas extremamente regulares, cuja funcionalidade nos escapa e cuja atribuição a épocas antigas e a objectivos rituais se pode, provisoriamente, admitir. Sugerem, efectivamente, as pias que caracterizam muitos dos santuários rupestres pré-romanos, associados, em geral, ao mundo cultural indo-europeu ou, sobretudo, as que, na Galiza, parecem estruturar complexos painéis decorados com círculos, espirais e labirintos, como acontece na famosa Laxe das Rodas, em Muros.

Seja como for, o Alto de S. Bento é, sem dúvida, um dos grandes povoados neolíticos da região, cujo estudo, em vários níveis, enriqueceria certamente o património arqueológico eborense.